A Câmara Municipal é uma organização com um enorme poder na cidade onde também grandes e poderosas empresas estão ativas na defesa dos seus interesses. O cidadão e as famílias não possuem nem organizações próprias, nem lóbis para defender os seus interesses. Em comparação com as Juntas de Freguesia, as Câmaras Municipais estão muito mais longe dos cidadãos e correm assim o risco de gerir o município e as famílias, sem o cidadão.
As disparidades acentuam-se, assim como as fraturas sociais. A sustentabilidade social do executivo, atinge mínimos inaceitáveis.
O que fazemos? Como organização independente e pouco permeável à pressão dos grupos e pessoas com muito poder, temos provavelmente uma visão mais equilibrada e abrangente da situação e das aspirações do cidadão e das famílias.
A nossa auditoria é para investigar, falar e ouvir atentamente todos os interessados. O objetivo é aumentar a qualidade de vida de todos os munícipes, sem exclusões. Para isso é indispensável intensificar o contacto entre a câmara municipal e o cidadão e traduzir esse contacto numa parceria exigente. Assim é possível que no nosso relatório da auditoria se proponha dinamizar a democracia e a economia local, integrando-as e ajudando as empresas e as instituições a fazerem parte das comunidades. Propomos também ações concretas como a resolução imediata dos problemas que arrasam o cidadão, as famílias e as comunidades. A pobreza e a falta de qualidade na habitação e nos serviços do Estado são inaceitáveis. Destroem a nossa dignidade e a coesão social.
Cremos ser capazes de convencer que um município onde todos os cidadãos, sem exclusões, desempenham ativamente um papel central tem mais probabilidades de ser Socialmente Sustentável.
O nosso relatório da auditoria contem um Projeto de Sustentabilidade Social do Município e um Plano de Atividades, para a sua execução.