Desenvolvimento Socialmente Sustentável

Muro exterior da biblioteca de Ponte de Lima. Obrigado ao jovem autor.

 Permanentemente confrontados com comportamentos de ética mais que duvidosa e com todo o tipo de maldades e patifarias, excluídos da tomada de decisões, os cidadãos e as famílias sentem-se profundamente humilhados, impotentes e tristes. A base de sustentação da nossa sociedade e do nosso meio ambiente, deteriora-se profundamente. A sociedade torna-se insustentável.

                   O Desenvolvimento Socialmente Sustentável não nos explora, não nos oprime, não nos envergonha, nem nos faz ficar doentes .                                                          (Portugal é o quinto país da OCDE com mais pessoas com problemas de saúde mental e gasta 6,6 mil milhões de euros o que representa 3,7% do Produto Interno Bruto. DN 22 nov., 2018)

O Desenvolvimento Socialmente Sustentável liberta-nos, faz crescer a solidariedade, a compaixão, a vontade de proteger, efetivamente, o nosso concidadão e o nosso meio ambiente. O Desenvolvimento é Socialmente Sustentável quando todos nos sentimos seguros e orgulhosos de sermos os garantes das nossas liberdades individuais.

O Desenvolvimento é Socialmente Sustentável, quando é sentido como tal e acarinhado, por todos os cidadãos, sem exclusões.

Refletir, falar, questionar, procurar respostas e soluções é um processo que nos permite corrigir erros, ter vivências saudáveis e inventar uma sociedade saudável. Procurar a melhor versão de cada um de nós e da sociedade, é enormemente saudável e socialmente sustentável.

São o cidadão e a sociedade que definem,  em diálogo intensivo e permanente, sem exclusões ou interdições, o que consideram ser Desenvolvimento Socialmente Sustentável e uma Sociedade Socialmente Sustentável.  A sociedade, a existência em sociedade, é sustentável quando faculta as condições necessárias e permite, que cada individuo e cada família faça as suas próprias escolhas e crie o seu próprio futuro.

A sociedade é sustentável quando nos deixa viver sem dor, nem vergonha, num mundo não tóxico.

Numa Sociedade Socialmente Sustentável, (só) é interdito prejudicar e magoar o outro.

Indiferentemente da época, do local e dos protagonistas, a relação entre o Estado, a empresa e o cidadão sempre se pautou pela agressão e pela violência. Comportamentos de extrema crueldade, no qual o cidadão anónimo é geralmente a vítima, foram sempre uma constante. O sofrimento criado por este relacionamento destrói-nos a todos e torna a situação insustentável. Quando o Estado é incapaz de servir e de proteger o cidadão, sem exclusões, e o sector privado lhe faz companhia, o cidadão experiência tudo o que de mau existe.

Quando também nos tiram a gestão da  nossa existência, como individuo e cidadão, destroem a nossa saúde, mas não necessariamente a nossa humanidade e muito menos a nossa vontade de sermos livres.